O "Teatro da Terra" não anda a brincar à descentralização cultural. Tem trabalhado a sério. E continua a colher bons frutos!

Dr.Armando Varela, Presidente da Câmara Municipal de Sousel

Caro companheiro:

Bem sabe da estima pessoal e política que nutro por si. Saberá também que sou completamente contra a "lei da rolha",tanto no PSD como na vida. E é exactamente por desejar que os autarcas social-democratas do meu distrito desempenhem o seu cargo com o maior sucesso possível, que lhe deixo, hoje, esta chamada de atenção.

Desde Novembro utilizo diariamente a estrada municipal que liga Fronteira ao cruzamento do IP2, passando por Santo Amaro. E desde essa data, tenho visto o pavimento degradar-se rapidamente, quer devido ao elevado trânsito de pesados, quer pelo volume de tráfego a que está sujeito. O lanço que vai desde o limite do Município de Fronteira até ao cruzamento de Santo Amaro, atingiu um estado de degradação lastimável:a estrada é estreita, não tem marcações, as bermas são perigosas e os buracos são já autênticas crateras.
Hoje, tal como nos outros dias, utilizei a referida estrada. Numa das rectas, e cumprindo ambos a velocidade recomendada, cruzei-me com outro carro. Ele tentava fugir da berma esburacada;eu tentava fugir de uma cratera. Conclusão: chocámos, ficando ambos sem espelho retrovisor. Poderá parecer coisa pouca:afinal foram só dois espelhos retrovisores. Mas, por centímetros, não chocámos de frente. Ou podíamos ambos ter reagido com uma guinada para a valeta.E talvez, nesse caso, não estivesse aqui para deixar-lhe esta mensagem...
Conheço melhor que ninguém as restrições financeiras a que as autarquias estão sujeitas. Como ex-autarca, tenho bem a noção de quão difícil é fazer escolhas, com orçamentos tão diminutos. Mas concordamos que o bem-estar e a segurança de todos são inestimáveis, quando toca a priorizar. 
Esta mensagem é cívica e não política. Não lha deixo apenas por mim: deixa-lha por todos os utilizadores da referida estrada, que certamente têm a sua segurança em risco, caso a situação não seja corrigida.E se, no Alentejo já somos tão poucos, façamos o possível para não sermos cada vez menos...

Um abraço
Mafalda Sadio

A manter-se a qualidade das produções anteriores será, sem dúvida, um espectáculo a não perder! ;)